Qual é agora a diferença entre um livro e uma revista? Já houve uma altura em que as revistas eram coisas breves e ligeiras; agora podem ser tão volumosas como enciclopédias e tão encadernadas como uma. Dantes eram coisas efémeras, que se liam e deitavam fora; hoje podem ser mais luxuosas e caras do que a maioria dos livros.
Das poucas diferenças que ainda é possível apontar é que uma revista é periódica, mesmo que o seu ritmo seja indeciso ou rarefeito. Por exemplo, a única coisa que, à primeira vista, me denunciou a F. R. David como sendo uma revista (e não um livro de (ou sobre) alguém chamado F. R. David) é o facto de ter, ao topo da capa, por cima do nome da revista, uma estação do ano em Inglês – “Spring 2009” ou “Summer 2008”. Fora isso, até podia ser um livro de bolso francês pequeno e branco, impresso com cores planas e não uma daquelas revistas excêntricas que têm aparecido na Holanda durante a última década – penso sobretudo na Dot Dot Dot, da qual Will Holder o designer e um dos editores da F. R. David, é colaborador habitual.
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