Em Janeiro deste ano escrevi um artigo dando conta de vários problemas tipográficos na rede de metro do Porto, um assunto que me levaria a escrever mais dois textos (este e este) e ainda um terceiro, já sobre o metro de Lisboa. A questão principal era uma contradição óbvia entre a famosa atenção ao pormenor de Siza Vieira ou Souto Moura e a falta de qualidade evidente da tipografia usada nas estações de Metro.
Desde essa altura, pouco mais aconteceu para além de Souto Moura ter ganho o Prizker, precisamente pela sua lendária atenção ao pormenor.
Mas, entretanto, foi-me assinalado por uma aluna que um dos problemas referidos no meu texto inicial, os “S” de pernas para o ar da linha amarela, poderia não ser culpa dos arquitectos mas de trolhas apressados, que os teriam recolocado erradamente depois de uma mudança de azulejos. Continuou a não me parecer uma boa justificação, tendo em conta que os dois arquitectos estão vivos, de boa saúde e ainda são famosos pela tal atenção ao pormenor. Mas, em todo o caso, na semana passada dei com uma prova que os “S” sempre estiveram ao contrário: na Estação de metro de S.Bento, as letras estão pintadas nos próprios azulejos e a inversão continua a ser bem visível.
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