Das coisas que gostei de ler este ano, mais uma vez ficou-me muita ficção científica: Kraken, de China Mièville, uma variação muito inventiva do género cada vez mais batido da fantasia urbana passada em Londres. A cada duas páginas, ideias narrativas e especulativas delirantemente novas – das minhas favoritas fica o Deus da Greve.
Gostei também de Zero History, de William Gibson, o fecho da trilogia iniciada com Pattern Recognition e um thriller à volta de uma marca secreta de roupa, militares, tecnologia de espionagem, etc.
Fora isso, tenho gostado da biografia do Luiz Pacheco, em parte porque permite uma visão quase arqueológica de processos de edição e distribuição que desapareceram por completo.
Dentro dos livros antigos, o livro que eu levaria para uma ilha deserta (se quisesse fazer lá uma gráfica, pelo menos) seria o Manual do Typographo, de Libânio da Silva – foi uma revelação, um livrinho que permite perçeber como era uma oficina tipográfica do começo do século XX em Portugal, não apenas a maquinaria mas também os hábitos, as roupas, o vocabulário, a organização laboral, etc.
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