Lamento, mas não vou à manifestação pela demissão de Relvas.
Não porque acredite que Relvas tenha qualquer condição para cumprir o seu cargo com dignidade, mas precisamente porque não tem. É que o Ministro não foi reduzido a uma anedota: foi aumentado a uma anedota. Rivaliza neste momento com o Bocage e o Evaristo no panteão nacional do riso. Deviam propô-lo já, preventivamente, a património imaterial da Unesco, antes que alguém dê cabo dele.
Nas Caldas deviam mudar o design do Zé Povinho. Tiravam-lhe o chapelinho, aparavam-lhe a barba, metiam-lhe uma fatiota de executivo com gravatinha, e era o Relvas – o Relvas a fazer um manguito, o Relvas numa carteirinha de escola, o Relvas escarrachado num penico, o Relvas-penico.
E é precisamente por isso que o lugar dele é neste governo, juntando à sua pasta a responsabilidade de ser um grande e redondo nariz vermelho preso por um elástico à cara do executivo. Nestes tempos de crise, cada homem deve cumprir o seu dever o melhor que pode. Relvas a Ministro, já!
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