Professor Marcelo: “Eu disse que iam ser manifestações ridículas e foram manifestações ridículas. Esse tipo de manifestação – com o devido respeito pelos manifestantes que têm todo o direito em democracia de se manifestarem – já aconteceram [no passado] em casos pontuais, específicos. As pessoas independentemente de não gostarem do Governo ou dos ministros não vão fazer manifestações daquelas [que] são votadas ao insucesso”.
Na verdade, vão. Uma manifestação não tem pré-requisitos de tamanho ou de qualidade. Vai-se ou não se vai, conforme a disponibilidade para apoiar uma causa.
Se são bem sucedidas ou não, isso só depende de gente como o Professor Marcelo, que nunca dirão que é bem sucedida: se é pequena, é ridícula; se tem objectivos definidos, é porque não foi espontânea; se é grande, é porque não tem um objectivo definido; etc. Já há todo um breviário para demonstrar o ridículo de qualquer manifestação.
Mas se são ridículas é por demonstrarem que ninguém no poder, na televisão ou nos jornais lhes liga. São a forma mais simples e democrática de participação democrática. Basta dar, muito literalmente, o corpo ao manifesto. O tamanho do seu ridículo é o da nossa democracia.
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Como as cartas de amor 🙂
Gostei do tíitulo!