Ontem, à volta para Lisboa vindos de Tavira, parámos para lanchar na pastelaria Luiz da Rocha no centro de Beja, centenária mas que deve ter sido remodelada mais ou menos a meio do século XX. Sente-se um modernismo semelhante ao da Cunha no Porto: de ferro, vidro e madeira, mas tornado elegante pela simples repetição de formas e combinação de texturas. Os mesmos materiais que podiam ter sido usados para fazer uma tasca são empregues para criar modernidade, apenas pela forma como são combinados – que é como quem diz: pelo seu design. É essa a lição mais profunda da gestalt: ritmo, textura, sobreposição e justaposição, estratégias elementares para fazer da matéria mais básica uma coisa nova.
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[…] ainda por encadernar). A fotografia da capa do primeiro volume é, para mim, uma das preferidas do modernismo português: enquadramento, textura e ritmo. Tão […]