Não sei muito do conteúdo do livro, mas a sua data, antes do 25 de Abril, em pleno consulado de Marcello Caetano, torna-o um objecto curioso, mais ainda pelo design de Sebastião Rodrigues, que levou à letra o título, transformando-o em liberdade tipográfica. Tem uma lombada memorável e uma dupla página de abertura na mesma veia.
A capa é bastante franzina, dando a entender que talvez existisse uma sobrecapa, entretanto perdida.
Começa com uma citação de Salazar sobre o assunto do livro o que provoca sempre alguma estranheza.
Mostro este livro por uma razão talvez pueril: neste mês de Agosto, decidi escrever o mais possível sobre design, deixando a política mais directa de lado. Não porque falte assunto ou urgência, mas porque, pelo contrário, é tanta a necessidade que se fica paralisado. Assim, escolhi um livro sobre a liberdade de imprensa escrito durante a Ditadura mais duradoura da Europa porque uma banda punk foi sentenciada a dois anos de prisão na Rússia de Putin, mostrando que a liberdade de expressão ainda precisa de ser defendida, porque o Expresso anda a distribuir uma história de Portugal em fascículos onde se argumenta que, não só o Salazarismo não foi uma forma de fascismo, como a 1ª República e o 25 de Abril foram piores que o Estado Novo em termos de repressão (fica aqui o link para a resposta que está a ser dada no Público a esta alarvidade pelo historiador Manuel Loff), por uma jornalista se ter demitido por causa da pressão de um Ministro sobre um jornal, etc.
Filed under: Cultura, Design, História, Publicações, Sebastião Rodrigues
A coisa que eu mais odeio na vida é MAFIA,
é reduzir um ser humano ou qualquer ser à
miserabilidade.
É escravizar, asfixiar
Isso passa-se a nossos olhos e todos fazemos os mais ínfimos movimentos nesse sentido.
Tememos literalmente a MAFIA .
Quando digo MAFIA é todos os que tememos
e que sabemos que a Lei não nos irá apoiar.
Nunca imaginei que o fosse tão fácil esse movimento. Nesta terra tão pacata . Por engano.
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