Aqui fica uma fotografia do Ípsilon da semana passada a demonstrar que um dos lugares comuns mais comuns do jornalismo fotográfico musical fica entre os vinte e os quarenta e cinto centímetros de profundidade, seja no mar, num riacho, num pântano, paúl, piscina (meio esvaziada) ou poliban. Já perdi a conta das vezes que vi um músico a sair das ondas como uma ninfa, abraçando às vezes um ramo de flores:
Porque será? Porque é barato? Um surrealismo de algibeira que consiste em atirar músicos vestidos para dentro de água? Porque é uma metáfora da música portuguesa? Que vive nas margens? Que mal consegue manter o nariz de fora de água? O fado, a saudade, o mar? Não sei, nem me interessa. Arranjem outra coisa qualquer. Aqueçam os pés a essa gente, antes que seja tarde demais.
Filed under: Crítica
One Response