E hoje a Unesco aprovou a construção da barragem do Tua, uma magnífica obra do arquitecto Souto Moura, possivelmente pigmentada por algum artista da nossa praça, arte pública comemorando a privatização destruição de um ecossistema inteiro, bem como do património social e cultural da zona, que ficará irremediavelmente debaixo de água em nome de produção de energia pouco ou nada eficiente, que continuará tão cara como antes. A aprovação fica a dever-se à diplomacia do governo que tudo fez para destruir mais este pequeno rincão do paí´s em nome de interesses privados.
As vozes do costume dirão que são precisos sacrifícios para ter energia e perguntarão se tenho alternativas. Onde é que moram, vozes do costume? Imaginemos que na Lapa ou em Alvalade. Aí está um rico sítio para construírem a vossa barragem. E se moram numa colina chupem com um aerogerador no quintal. Tudo com design do Souto Moura e pigmentação do Cabrita Reis.
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Estas decisões só demonstram a falta de visão e respeito pelo nosso planeta por parte de quem nos governa.
Desvalorizamos o que foi construido em milhões de anos para dar dinheiro a ganhar a um grupo de pessoas que só se preocupam com elas mesmas.