Mariana Vieira da Silva escreve um bom artigo sobre o Medo de Passos, concluindo assim:
“A dois meses das eleições, todos os candidatos autárquicos do PDS sabem o peso que carregam, mudaram a cor aos cartazes, apagando todos os vestígios que os liguem aos partidos no governo. Porque Passos Coelho pode dizer que não tem medo de eleições, mas quem vai a votos tem medo de se apresentar ao seu lado nesta pré-campanha desastrosa. E já não o escondem.”
É inequívoco que toda a gente se distancia de Passos (veja-se Portas ou até o próprio PSD) mas a cor dos cartazes não é indício disso. Eu já tinha reparado no fenómeno há umas tantas eleições atrás (aqui fica um post de 2011).
A minha teoria é que os partidos políticos do eixo de governação procuravam por um lado parecer-se menos com partidos e mais com instituições nacionais – em geral a cor mais usada é o verde, pontuado por slogans e logos do partido em laranja ou rosa, evocando a bandeira.
Calculo que esta estratégia também sirva para não afugentar indecisos, obrigando as pessoas a olharem com mais atenção para a mensagem sem a descartarem por ser deste partido ou daquele.
Quando muito a diferença nestas eleições em particular é a preferência por grandes superfícies de cores mais vivas sem gradientes, uma tendência que até é possível observar nos sistemas operativos que estão a ficar mais “planos” e sem sombras – uma moda geral e não apenas política.
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suponho que faça parte do rol de fitas a cortar brevemente o Museu do Design do Porto
http://www.einforma.pt/servlet/app/portal/ENTP/prod/ETIQUETA_EMPRESA/nif/MzM4MDA5ODg4/