Depois de uns anos de crise, vê-se que muito boa gente, que defendia a austeridade e o resto, já toma posições que, quando a crise começou, só se ouviam da boca da esquerda mais esquerda ou do Pacheco Pereira. Neste momento, a linha de separação mais extrema é capaz de ser a que separa quem defende a saída do Euro de quem acredita que ainda vale a pena. Daqui a uns meses, calculo que os comentadores mais moderados também chegarão aí e passarão para o lado de cá (também já não acredito no Euro). Sobrará o irrevogável governo, o José Manuel Fernandes e outros do género. Embora a política de estado seja neoliberal, a opinião pública, mesmo a especializada converge à esquerda. Quanto à esquerda-esquerda começa a perder a paciência: Daniel Oliveira fala do fim da social-democracia, que Pacheco, cada vez mais duro, já tinha avistado; no Ladrões de Bicicletas, o tom é cada vez mais seco.
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de acordo e bem lembrado mais uma vez