Ontem lanchei com um amigo que resumiu assim as suas necessidades materiais, aquilo que ele, para além dos afectos, não podia passar sem fazer: ler e correr.
As minhas são menos concisas: escrever e nadar.
Escrever é a minha maneira de pensar as coisas (o que leio, o que ouço, o que vejo) em público – não há nada que escreva “para a gaveta”; é tudo para sair cá para fora.
Nadar é a minha hora diária, três a cinco vezes por semana, onde só faço uma coisa de cada vez: chegar ao fim da piscina e regressar; pensar no ângulo do braço quando apanha a água no começo da braçada; ter um dos óculos abaixo da superfície quando se respira no crawl; ver a risca preta no fundo a deslizar até chegar ao T; respirar.
Filed under: Crítica
estados perfeitos de solidão absoluta. grande abraço
desenhar, ler, andar de bicicleta. corpo e mente em conflito harmónico.