Diz-se no Público:
“Vamos menos ao cinema, quase não vamos a bibliotecas públicas nem visitamos museus. A espectáculos de teatro, dança ou ópera vamos muito pouco; só a concertos, de vez em quando. Não temos grande interesse em ler um livro, nem costumamos visitar monumentos. Mas vemos e ouvimos muita televisão e rádio.”
Não me admira muito. E não me parece, pelo menos no meu caso, que se deva apenas a falta de dinheiro ou de educação, mas de falta de tempo. Ver televisão e ouvir rádio são daquelas coisas que se pode fazer enquanto se trabalha. Em outro sítio do mesmo Público diz-se:
“A vida das repartições, das autarquias ou das universidades tornou-se um inferno burocrático. Milhares de trabalhadores gastam milhares de horas por ano a verificar procedimentos, a colocar carimbos, a anexar papéis, a pedir orçamentos para alimentar a gula controladora do Estado desconfiado e centralista.
Não, desta vez a culpa não é da troika. Nem sequer de uma cultura política inspirada nos supostos méritos da nomenklatura. Quem cometeu este dano ao Estado foi uma geração que se diz aberta à gestão, às empresas, à concorrência e a todo esse palavreado da moda. Hoje o Estado já não só duvida das pessoas; duvida acima de tudo dele próprio.”
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