Para mim, é triste protestar contra o corte das bolsas de investigação do FCT. Preferia não o fazer. É que a minha área é a das artes e do design. Chamar ao que se faz nas artes “investigação científica” é quando muito um compromisso. A dada altura deixou de ser respeitável dar dinheiro a artistas para ensinarem arte e, por causa disso, desenrascou-se uma espécie de equivalência entre arte e investigação científica. Se os artistas fizessem papers, mestrados, doutoramentos e post-docs não lhes cortavam os fundos. Certo? Não, errado. Os artistas foram-se convertendo em cientistas empreendedores, tiraram mestrados como se não houvesse dia de amanhã; o paper substituiu o cavalinho estrangeiro. E os fundos foram sendo cortados na mesma. A investigação não garante mais dinheiro, apenas menos cortes. Leia o resto deste artigo »
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