1. A barbearia que proíbe a entrada a mulheres. Pensava que já estava no século XXI, que era suposto ir de mochila a jacto para o trabalho e ir fazer uma escapadinha de três dias à Lua. Em vez disse, temos smartphones, gurmê e vintage. Tudo muito inofensivo – se não fosse a vaga de machismo vintage integrada numa recuperação geral de tradições ofensivas e imbecis só porque parece cool. Se esses barbeiros lumbersexuais¹ invocam a liberdade de expressão, então espero que percebam que a coisa anda para os dois lados e vão ter que passar boa parte das horas de expediente a ouvir gente a chamar-lhes troglodita ou pior. E se estiverem a sentir-se muito oprimidos, espero que alguém lhes lembre de todas as mulheres que foram presas, espancadas ou mortas por defenderem coisas tão simples como puderem votar. Mas o que é isso comparado com o direito a escanhoarem-se uns aos outros sem fémeas por perto?
Não tenho uma borrifadela de paciência para gente que acha que a luta por direitos está “resolvida” e agora é preciso defender os homens de uma suposta opressão feminina, gay, imigrante ou o que seja. Ouvir gente machista a usar argumentos feministas para defender o direito a continuar a ser machista está ao nível de cantar com a cara pintada de preto.
2. Ver o Prós e Contras sobre a Grécia e perceber que há gente que acha que o ajustamento Grego e Português foram um sucesso, que a crise se deve à compra de televisores de plasma e BMWs e ao despesismo do Estado, que não há alternativa para austeridade, etc.
1. Calculo que o termo signifique que são híbridos de humano e cepo.
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