Acho extraordinário que haja gente que é bloqueada no facebook e acha que o assunto se resolve com uma conversa ao vivo. Isto do facebook não é a minha vida privada, é a minha vida pública. Ainda vou discutindo aí dentro dos limites da civilidade com gente com pontos de vista que me enjoam. Mas não faço isso em privado, como devem compreender.
Durante muito tempo sentia-me na obrigação de aturar discussões intermináveis, circulares e ofensivas. Cedia à chantagem de que abandonar ou encerrar uma discussão seria uma falta de respeito ou um atentado à liberdade de expressão. O que me obrigava a discutir com gente que acredita que repetir vinte vezes a mesma coisa ou declarar que não está convencido ou que venceu a discussão obriga de algum modo o interlocutor a mudar de ideias. Ou gente que vem para o meu mural dar bitaites sobre o que eu devia escrever ou não. Respeito a opinião alheia até ao momento em que percebo que não é recíproco.
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