A maior tarefa do ano foi a mesma de 2018: a Rosa. O resto orbitou à volta. Já não sei onde começa ela e termina a minha própria existência. Ter menos tempo é uma certeza à qual ainda não me habituei. Talvez por isso, disse que sim a todas a quase todos os desafios.
Comissariei duas exposições e publiquei dois livros, um dos quais escrevi na totalidade.
Em colaboração com o Ricardo Nicolau, comissariei A Biblioteca na Biblioteca, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Comissariei A Força da Forma na Porto Design Biennale. Escrevi o livro A Força da Forma (livro e exposição com design do infatigável Rui Silva). Editei finalmente, com a Susana Gaudêncio, a Sofia Gonçalves, o livro Páginas Inquietas, com colaboração da Catarina Botelho, da Helena Sofia Silva, do António Guerreiro, do Ricardo Nicolau, da Isabel Carvalho, da Oficina Arara e da Márcia Novais.
Foi, sem dúvida, o período mais atarefado da minha vida, mas também o mais vital.
Com A BIblioteca na Biblioteca, decidi começar a concentrar-me menos na história do design e mais na sua contemporaneidade. Assim, vejo A Força da Forma como o encerramento de um ciclo, uma tentativa de produzir uma história revisionista do design gráfico português, onde mesmo ao nível do método se secundariza as unidades habituais – Onde o designer foi menos importante que as suas influências, onde a forma é tida como mais política que a função.
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