The Ressabiator

Ícone

Se não podes pô-los a pensar uma vez, podes pô-los a pensar duas vezes

E ainda…

Ainda tenho o Vasco Rosa a moer-me a cabeça via mail. Tenho alguma dificuldade a imaginar o que se passa na cabeça de alguém que, quando lhe chamam a atenção de um erro que publicou à vista de toda a gente num jornal, prefere vir chatear a pessoa sobre quem se enganou via mail a simplesmente corrigir o erro.

Acho piada que a resposta genérica de Rosa a quem lhe responde às críticas seja achar que ficam ofendidos pelo que escreveu. Tem razão. É uma sensação muito estranha ser avaliado com sobranceria por um tipo que não tem o professionalismo de corrigir um erro factual básico e prefere vir debitar insultos para a conta de mail da pessoa sobre quem inventou factos.

Pouca gente se dará ao trabalho de verificar o que escreve um crítico, se o próprio crítico nem se dá a esse trabalho. Estranhamente, as pessoas ainda acreditam que um jornal se responsabiliza pela qualidade do que mete em pixeis. Ou então estão-se nas tintas. Se um colega meu na universidade publicasse um erro factual num paper, numa tese, ou no que fosse, e se, em vez de o corrigir, se dedicasse a moer a cabeça de quem o assinalou, seria alvo de muita chacota – e isso seria o menos.

(Já nem lhe leio os mails. Basta-me ler o remetente.)

Filed under: Crítica, Vasco Rosa

Correcção

Entretanto o Vasco Rosa apontou-me que uma frase da sua recensão que me parecia indicar que punha em causa a minha aptidão profissional na verdade queria dizer que o género de alguém não é indicador da sua competência profissional. Refiro-me a esta passagem: «à privacidade individual — qualquer que ela seja — não pode ser atribuído ad limine litis [sic] valor de exigível aptidão profissional.» Interpretei-a mal e por isso peço desculpa.

(Só tenho a dizer, e com certeza ninguém me há de censurá-lo: dá um gozo do caraças assumir um erro a pedido de alguém que se recusa a assumir os seus.

O erro factual que pedi por três vezes ao Observador para corrigir continua por corrigir.)

Filed under: Crítica, Vasco Rosa

Mário Moura

Mário Moura, blogger, conferencista, crítico.

Autor do livro O Design que o Design Não Vê (Orfeu Negro, 2018). Parte dos seus textos foram recolhidos no livro Design em Tempos de Crise (Braço de Ferro, 2009). A sua tese de doutoramento trata da autoria no design.

Dá aulas na FBAUP (História e Crítica do Design Tipografia, Edição) e pertence ao Centro de Investigação i2ads.

História Universal do: Estágio

O "Estágio"
O Negócio Perfeito
Maus Empregos
Trabalho a Sério
Design & Desilusão
"Fatalismo ou quê?"
Liberal, irreal, social
Conformismo
Juventude em Marcha
A Eterna Juventude
Indústrias Familiares
Papá, De Onde Vêm os Designers?
Geração Espontânea
O Parlamento das Cantigas
Soluções...

História Universal dos: Zombies

Zombies Capitalistas do Espaço Sideral
Vampiros, Zombies, Classe Média

Comentários

Comentários fora de tópico, violentos, incompreensíveis ou insultuosos serão sumariamente apagados.

Arquivos

Categorias