Ainda tenho o Vasco Rosa a moer-me a cabeça via mail. Tenho alguma dificuldade a imaginar o que se passa na cabeça de alguém que, quando lhe chamam a atenção de um erro que publicou à vista de toda a gente num jornal, prefere vir chatear a pessoa sobre quem se enganou via mail a simplesmente corrigir o erro.
Acho piada que a resposta genérica de Rosa a quem lhe responde às críticas seja achar que ficam ofendidos pelo que escreveu. Tem razão. É uma sensação muito estranha ser avaliado com sobranceria por um tipo que não tem o professionalismo de corrigir um erro factual básico e prefere vir debitar insultos para a conta de mail da pessoa sobre quem inventou factos.
Pouca gente se dará ao trabalho de verificar o que escreve um crítico, se o próprio crítico nem se dá a esse trabalho. Estranhamente, as pessoas ainda acreditam que um jornal se responsabiliza pela qualidade do que mete em pixeis. Ou então estão-se nas tintas. Se um colega meu na universidade publicasse um erro factual num paper, numa tese, ou no que fosse, e se, em vez de o corrigir, se dedicasse a moer a cabeça de quem o assinalou, seria alvo de muita chacota – e isso seria o menos.
(Já nem lhe leio os mails. Basta-me ler o remetente.)
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