Poder-se-ia traçar uma história do design gráfico português como uma lenta disputa territorial entre formas e conteúdos, entre design e linguagem.
Nos posters de Francisco Providência, ou nos de João Machado, por exemplo, há uma separação clara entre texto e imagem, entre título e ilustração, com raras e tímidas interacções. Cada elemento ocupa o seu lugar numa hierarquia gráfica bem definida, que corresponde também a uma separação técnica de responsabilidades, típica da era pré-computador.
Nessa altura, a ilustração era feita por um ilustrador, a fotografia por um fotógrafo, o design e a tipografia maquetizados por um designer, que supervisionava também a concretização final do processo na gráfica, onde a tipografia era composta, as gralhas revistas, as ilustrações e fotografias reproduzidas, e o objecto final impresso.
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