Do texto “Os Tempos do Centro Português de Design”, de José Pedro Martins Barata, publicado no livro Sena da Silva, da Fundação Gulbenkian:
“Ora ao criar o CPD, [o Ministro] Veiga Simão entendeu dar-lhe a forma de uma associação de direito privado tendo como associados organismos públicos, na maioria, obviamente, do âmbito do próprio ministério, o que resolvia vários problemas jurídico-administrativos (ainda que causando outros). Os organismos forçosamente associados viam-se assim sobrecarregados com a comparticipação num outro que lhes sugava os sempre escassos recursos, e nunca esconderam o seu fraco entusiasmo pela ideia de design, cuja necessidade lhes escapava. Mas o grosso dos recursos necessários ao exercício da actividade do CPD para lá dos que asseguravam pouco mais do que a sua existência, deveria ser conquistado pelo Centro agindo no mercado, em termos de mercado. Repare-se que, ao fazê-lo, o CPD entrava em concorrência com as próprias entidades prestadoras de serviços que, em princípio, deveriam ser apoiadas por ele – o que originava um certo mal-estar por vezes indisfarçável…” Leia o resto deste artigo »
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