The Ressabiator

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Se não podes pô-los a pensar uma vez, podes pô-los a pensar duas vezes

Sal+Azar, Sol+Azar

E ainda mais outro do Paulo de Cantos, o décimo quinto da minha colecção, um livro duplo que pode ser lido nos dois sentidos, para a esquerda e para a direita, o que assume aqui um significado político e jocoso, de bem e de mal, um cisne e uma cobra, as sete virtudes capitais e os sete “picados” capitalistas, a propósito da figura de Salazar que teria sido seu colega de carteira na escola. Mais um com dedicatória manuscrita do autor,* datada de 13 de Janeiro de 1975:

“Ao ilustre prof. Dr. Fco. Couto dos Santos, apolítico distintíssimo a quem se podem confiar algumas alfinetadas e elogios (aquelas envenenadas e estes extremamente adocicados) para que propositadamente pareçam compensarem-se e anularem-se respectivamente umas às outras… anulando-se mutuamente!”

Não sei que efeito teria um presente destes menos de um ano depois do 25 de Abril, mas como outros livros com dedicatória de Cantos, está novo, por abrir e ainda com uma badana e uma errata onde alguém escreveu “Pai do Surrealis[mo] Gráfico em Portugal”

*No lado que “segue pela direita”.

Filed under: Crítica, Cultura, Design, História, Política, Publicações

3 Responses

  1. maria diz:

    o azar vem de todo o lugar
    e não sei de que não vem
    vocês sabem?
    vem da eira
    vem da sem beira
    vem da esteira
    e vem a peneira

    vem de qualquer da maneira

    e vem de quem

    vem

  2. maria diz:

    eu não vou

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