The Ressabiator

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Se não podes pô-los a pensar uma vez, podes pô-los a pensar duas vezes

A Artista como Marca Portuguesa

Vasconcelos

Joana Vasconcelos manda um velho cacilheiro para Veneza, forrado a azulejos e com um interior uterino. Nem vale a pena analisar demasiado, porque é tudo muito óbvio. Um cacilheiro. Para Veneza. Forrado a azulejos. Com um interior uterino. E podem-se fazer festas e beberetes no tombadilho. E vai ter uma loja da Vida Portuguesa. Parece uma lista de supermercado:

– Um object trouvé que lembre Portugal, a quem confunda Portugal com Lisboa (a Torre de Belém, tachos, garrafas, piscinas ao alto da EN1, um cacilheiro).

– Revestido a arte popular ( bordados, garrafas, tachos, azulejos).

– Possa ser usado como exemplo do turismo e indústria nacional ( bordados, garrafas, tachos, dá para fazer beberetes e concertos, serve de montra, etc.)*

– Tenha alguma relação irónica com o sítio onde vai estar (Cacilheiro. Veneza. Gôndolas?)

– Um estereótipo feminino óbvio¹ (não faz mal porque é feito por uma mulher).

E é esta a arte que merecemos. E para quem ainda tenha alguma dúvida do carácter ideológico, empresarial, parceria público-privada, disto tudo, Barreto Xavier esclarece que Vasconcelos “já é quase uma marca de Portugal em termos internacionais”, e que este projecto tem a capacidade de atrair outros apoios para além do Estado, “um modelo de trabalho que nos importa sinalizar”.²³

——

1- Não, não é um pleonasmo.

2 – Segundo o Público de hoje. Ainda sem link. (Update: outro artigo no Público).

3 – E (poramordedeus) para quem acredita que achar isto uma pessegada é inveja, claro que é: de países com uma política cultural decente.

* Update: E (c0mo deixei passar isto?) é arte empresarial público-privada feita a partir de destroços de transportes públicos.

Filed under: Crítica

42 Responses

  1. M.J. Goulão diz:

    Parabéns, por mais um texto brilhante, que diz tudo o que penso.

  2. carlos b diz:

    sim, caro mário, em tudo!!
    eu por mim preparo-me para lançar uma campanha intitulada “Salvem o Trafaria-Praia”, a que se poderia acrescentar “…que já não há muita mais coisa para salvar”, mas não quero ser pessimista… que é mais um estereótipo nacional.

  3. Nuno diz:

    Não percebo o drama. Acho que a qualidade do trabalho da senhora é indiferente. Isto são acções promocionais. E não se pode?

    • Claro que pode. Claro que pode. E não é nenhum drama. Só comédia demasiado cara.

      • Nuno diz:

        Comédia para quem? A questão é se ela serve o propósito para o qual é usada. Como acção promocional pode ter resultados positivos ou não? O caro ou barato depende do retorno esperado.

      • Claro que pode. Claro que pode. Se promover Portugal através de uma caricatura tosca não importar muito.

      • zanzalo diz:

        caro Mário, eu não gosto das obras da Joana, como, tb, não gosto de alguns artistas que se situam nos antípodas da referida senhora, mas o seu tom, e especialmente o último parágrafo do seu texto, demonstra um ressentimento algo primário e ligeiro… toldado de uma qualquer ideologia anti- ideologia a que depressa se descobre o rasto de baba (do caracol, entenda-se)

      • Esse ressentimento primário, que de facto pratico com cada vez mais ligeireza, chama-se “indignação”. Ou até lhe pode chamar “egoísmo” que eu não me importo (ver nota de rodapé nº3).

      • Moi Je diz:

        Pois, claro que pode. Para que serve a qualidade?? Para nada, claro.

      • zanzalo diz:

        Mário Moura, parafraseando. “Lamento, isso não é sério nem justo” – com argumentos assim o seu texto resulta no que o que o meu avô chama de mero escárnio…

      • Caro zanzalo,

        já dei todo o tipo de argumentos e mais alguns. e começo a achar que uma anedota paga a peso de ouro só merece escárnio. qual é o problema?

    • como na canção de Sérgio Godinho:

      O galo come faisão
      a galinha é quem o assa
      e o pobre do pinto passa
      passa uma fome de cão
      e o galo come faisão

    • 1º. _Isto não são acções promocionais_(Isto é uma bienal de Arte) só tem essa compreensão dos factos quem tirou umas licenciaturas em diversas áreas, dadas por umas faculdades que meteram na cabeça que haviam de moldar a cabecinha das pessoas à tirania dos mercados e ao marketing. Claro que a arte pode ser corrompida no seu desígnio mais puro e sempre o foi ao longo dos tempos. O ponto aqui, é sermos capazes de ter o discernimento correcto, para cada situação. E não comermos gato por lebre!!!
      2º._Já que nos vendemos ao mercantilismo saloio, numa posição redutora a que os mercados nos obrigam (no sentido de termos que aproveitar todas as oportunidades que se nos apresentam, para nos promovermos), então a qualidade INTERESSA e muito.
      3º. Uma acção promocional (embora seja moldada com o intuito de promover vendas, obviamente) não pode desmerecer de uma certa qualidade, seja ela (a qualidade) definida em que termos fôr.
      Quote___(Acho que a qualidade do trabalho da senhora é indiferente. Isto são acções promocionais.). Portanto no seu entender, visto que isto é tão somente uma acção promocional, a maior bosta poderia estar presente.
      Quote____(Não percebo o drama), Eu percebo, o Drama é pessoas com dois neurónios, serem capazes de numa frase com duas linhas se contradizerem tão profundamente!!!

  4. […] mais uma achega, grande demais para incluir no texto anterior sobre o cacilheiro de Joana Vasconcelos. Pelos vistos também pertence a um género de “arte […]

    • hugo m s diz:

      Querem ver que com este saudosismo todo, revitalizações culturais, reciclagens iconográficas, tabernas “à la carte”, chamem-lhe o que quiserem, alguém do governo se lembrou de ressuscitar o espírito do SPN? Cheira-me a Ferro.

  5. […] a ida do cacilheiro para Veneza interessa a muita gente. Porque concorda, porque discorda, porque se está nas tintas, […]

  6. “arte” para encher o olho de quem não quer pensar

  7. _ov diz:

    Raios partam a merda do Cacilheiro da Joana Vasconcelos. Que coisa mais preguiçosa, exagerada, gratuita. O que é que ela tem para nos dizer? De que é que nos faz duvidar? Agora, não se enganem: tendo em conta o tratamento dado à cultura neste país, é uma representante adequada.

  8. Kate Doors diz:

    Ninguém ainda viu nada mas já está tudo dito? Lamento, isso não é sério nem justo.

    • Já se conhece o currículo da artista, já se conhece o projecto, já se conhece o processo de produção, já se sabem os custos, já se sabe o processo de decisão que levou a estas escolhas. Tudo isto é público, tudo isto já foi visto. Em grande medida a artista em questão foi escolhida porque se presta a este género de mediatização, que não é exactamente secundária em relação ao trabalho.

  9. […] E é esta a arte que merecemos. E para quem ainda tenha alguma dúvida do carácter ideológico, emp… […]

  10. […] ler aqui. Crítica à proposta de Joana Vasconcelos para a Bienal de […]

  11. Long John diz:

    Se a própria organização não lhe atribuiu um espaço para expôr, porque tem a roliça Joana de estar, forçosamente, representada em Veneza?!

  12. Maria diz:

    joana vasconcelos, muito repetitiva. não brinques com o dinheiro dos meus impostos!!

  13. não brinquem com estas merdas porque o cacilheiro é de fabrico nacional, isto é do tempo em que ainda se trabalhava em Portugal… obviamente, a simples recordação de que aqui algum dia existiram operários… hoje em virou conceito artistico., Nada de admirar que a pequena burguesia se sinta incomodada enquanto coça os tomates e não pensa nisto em termos de classes sociais, quem lucra, ou porque é que não lucram eles, etc…

  14. Boa tarde. Tinha enviado ontem um comentário, revendo e ampiando um pouco o que tinha deixado em “partilhas” dp Zé Neves e da Vera Marques Alves. Certamente não chegou. Repito:
    Por que razão a arte contemporânea incomoda aqueles de quem não se esperaria tal incómodo? Por ser arte? por ser contemporânea? Por ser obra de uma mulher artista? Por se tratar de uma artista que se fez a si própria, sem vir de famílais ricas, sem ter uma segunda profissão comercial a pagar-lhe a “vida artística”, sem ter sido funcionária da SEC ou directora de museu?
    E se víssemos o cacilheiro (não é uma caravela de filigrana…) de outra maneira: como um genial exercício artístico de crítica institucional: “sobre” a ideia de representação nacional que é intrínseca à Bienal de Veneza (e a todos os certames do tipo, incluindo a Documenta), e tb “sobre” a eterna falta de um pavilhão português nos Giardini (e este ano a falta total de pavilhão), “sobre” a arte em geral e/ou a cultura como representação de um país, “sobre” o trânsito entre “arte elevada” e artesanato, lavores, tradição nacional, marca nacional, o comércio e o turismo (está-se sempre a defender o impacto da cultura na economia…), “sobre” o trânsito distintivo entre obra de arte e produto artístic – e em geral sobre a circulação ente instâncias hight & low que estão obviamente associadas mas que alguns inesperados puristas vêm defender por aristocráticas ou modernistas razões. Ou a representação, por ser marketing é da alçada dos “marketeers” (?) e designers, gestores do produto, e a JV está a perturbar corporações profissionais entrincheiradas?
    Quando é a doer (para habitar, passear, viver), os voyeurs púdicos reagem! Têm-se incomodado com as medíocres representações anteriores que asseguravam o poder do “milieu”, do “meio da arte”? Agora a JV não desconstroi, não subverte, não “reflecte sobre”, não fornece as chaves para o “discurso” ser escolarmente correcto?
    Quanto a custos, sabem que a retrospectiva do Sarmento em Serralves custou mais de 200 mil € (previstos à partida c. 125 mil !!), ultrapassando a verba da SEC para Veneza? Sim, cara Vera Marques Alves, o rabelo de Paris levado pelo Ferro em 1937, mas esse, mal ou bem, tem sido o curso da arte desde a pub do Wahrol ou a bd do Liechtenstein, desde o ready-made, que aliás já não era à data uma invenção (mas apenas uma constatação e um enunciado crítico). O rabelo do Ferro estava numa feira de amostras; com a Joana e o cacilheiro passamos do popular tradicional ao moderno urbano, e fazemos entrar o barco no espaço da arte, numa feira de “mostras”.
    Se a capacidade de perturbar é uma medida de avaliação, a Joana é a maior!

    • Peço desculpa pelo extravio do comentário anterior.

      Já me tinha ocorrido que alguém iria argumentar que isto seria um exercício de crítica institucional, como aquelas obras que se disfarçam de loja de museu (a funcionar a sério e tudo) para chamar a atenção que os museus têm merchadising.

      Mas há (é possível) uma diferença entre criticar e reencenar. É possível denunciar uma situação ou um conjunto de situações sem as macacaquear.

      Como muito artista contemporâneo Vasconcelos navega bem nas ambiguidades. Tanto é comercial como anti-comercial, tanto é anti-institucional como é institucional. Mas há limites depois dos quais a ironia se transforma em anedota.

      Aquilo só incomoda porque não incomoda ninguém.

    • Parece ser evidente que a maioria das pessoas come sem perceber o que vai dentro do pão. Esta joaninha pode fazer o que quiser quando quiser no local que quiser por conta e risco que eu não me importo e que até poderá fazer com que eu adore ou deteste o que faz…. agora com o patrocínio de todos nós quando o que esta em causa é a suposta “marca de portugal” é fazer de mim um zé ninguem ceguinho, burrinho estupidozinho e por aí fora. Este governo é tão incompetente na área da cultura e óptimo a meter os pés pelas mãos que nem percebe que a obra da joaninha é um crítica amarga de todos nós enquanto povo. Ora pegar nisso e apresenta-la em eventos internacionais como “marca de portugal” é no mínimo triste. Comigo não contem para o aprovar… pelo contrário.
      E a joaninha se fosse de facto uma verdadeira artista e não uma fazedora de bonecos agigantados, teria vergonha de estar a ser “levada ao colo” pelos “boys” execráveis que povoam as 2ªs e 3ªs filas do governo (esses acessores e acessores de acessores de secretários de acessores que ninguém sabe como lá chegaram sabendo apenas que não foi por competência profissional) e que trazem este cromo da joaninha, para tudo e mais alguma coisa.
      É muito mau, igualmente, a forma como os meios de comunicação vão atrás destes postais (já vi a joaninha em programas de futebuleiros a fazer comentários sobre jogos). De repente esta joaninha (nos últimos 3, 4 anos) aparece do nada para se transformar na deusa da arte portuguesa. Tal como alguém já disse, não espanta por isso ver elevado a ícone Português esses Crochets, e Tricots e Tampas de Tacho em grande escala. Mas isto é pobreza de espírito e espírito de pobre. Isto é pura labreguice.
      Este cacilheiro que vai para veneza disfarçado de etiqueta portuguesa para barões de sintra e pseudo-intelectualismo aparecerem e é, tal como a exposição em Versailles, uma idiotice pegada e revela o saloiísmo de quem tomou essa decisão.

    • (Este comentário não é meu mas do Alexandre Pomar que por questões técnicas não o conseguiu publicar. Foi-me enviado via mail e publico-o usando o meu nome como expediente para contornar o problema.)

      “Aquilo só incomoda porque não incomoda ninguém.” Como não incomoda, o tema fez silêncio e vazio à sua volta? Não – só conheço as “partilhas” hostis, feitas pelos meus amigos e conhecidos. Incomodados.
      Transcrevo as suas próprias medidas do incómodo (teria havido tb pelo meio declarações de agrado?): “Prova disso foi o aumento de tráfico aqui no blogue: mais de 5300 visitas, mais de 3000 visitantes, em apenas um dia (mais 1700 visitantes que o record anterior). (…) O texto em questão teve mais de mil shares (só durante o dia) no facebook. Esteve no primeiro lugar do WordPress português e o próprio blog chegou ao quarto lugar.”

      Valerá a pena notar o silêncio (comprometido, cúmplice, a assobiar para o lado?) dos agentes do meio da arte, e em especial dos que exercem tribunas de crítica na imprensa em geral sem correrem riscos críticos (4 ou 5?) e depois os outros parceiros, sempre tão apressados no abaixo-assinado quando alguma autoridade censura uma obra de arte, ou ataca o que se intitula arte contemporânea.

      E valerá a pena também observar criticamente a intervenção de autores que se pronunciam sobre arte a partir de outras autoridades disciplinares, científicas essas, ou técnicas: vindos da antropologia, da sociologia e da história cultural entendida como intervenção política, ou, já agora, do design (a que chamaria agora, esquecendo o design de produto, o marketing visual, o que projecta a “representação” de um produto ou país, terreno que lhe é próprio e não deve ser invadido por um artista, no caso a nossa Joana – desculpe é uma pequena provocação respeitosa). Aí – não se tratando de ressentimento ou inveja – haveria que apontar o que é desconhecimento da “deslocação de paradigmas…” da arte contemporânea: por exemplo, o que sejam originalidade, citação, apropriação, ready-made, crítica, enfim o basicosinho.
      Em especial recusa-se a especificidade (e a especialização acessível a todos enquanto juízo crítico) da apreciação do objecto artístico enquanto produto introduzido na tradição da arte, no espaço social da arte. Existem diferentes perspectivas de análise sobre o objecto de arte (a económica, a sociológica, a histórico-cultural, que não se excluem e que têm os seus procedimentos disciplinares próprios – não se pode é baralhá-los ou falhar a legitimidade específica de cada uma das disciplinas). Mas essas são abordagens laterais à identificação da artisticidade (sendo esta ambicionada e/ou reconhecida – enquanto intencionalidade e atencionalidade) que é proposta e detectada no objecto de arte. Mas qual é a especificidade da abordagem artística do objecto de arte, da obra de arte? Essa abordagem tem uma tradição, uma legitimidade própria, que é da estética, entendida ou não como filosofia da arte, ou como crítica.
      Para a generalidade dos comentadores especializados noutras áreas essa abordagem não importa e não é conhecida – não existe. A obra de arte passa a ser um objecto cultural, sociológico, económico, histórico, etc e não é entendido e julgado como arte. Daí que se rejeite como um disparate, que se “goste” como se gosta das fotos de gatinhos, e em especial que se desconsidere o êxito.

      Ignora-se o que é o grande mercado internacional (condenado em bloco, como se os grandes artistas da história, de Rubens a Picasso, para não falar nas oficinas anteriores, não fossem grandes produtores para o mercado). Desconhece-se a lógica competitiva da Bienal de Veneza, e ignora-se que a JV já não se mede pela bitola portuguesa: a nossa Joana (provocação!) confronta-se com os máximos mundiais, o Jeff Koons e o Murakami a quem venceu em Versailles, ou com o decadente Hirst, etc. Sucedeu que a JV caiu nas boas graças do homem da Christie’s, o francês François Pinault que tem um palácio-museu em Veneza que comprou por sinal à FIAT, o Palazzo Grassi, onde a Joana tem brilhado a toda a altura: refiro-me concretamente (vou tentando ser concreto, dar exemplos, saber do que falo… vou tentando) ao maior dos seus mega-tricots, uma admirável Valquíria, que se apresentou dominando a escadaria principal até lá cima, como essa ou outras versões dominaram a Pinacoteca de São Paulo, a Gulbenkian de Paris e o CCB/Berardo, por exemplo. Viram? Não viram? E não gostam do que não viram?

      Muitas vezes parece-me que a arte não interessa nem se frequenta (preferem os cromos, os gatinhos, o cartaz-panfleto fácil), e só se tem opinião quando e porque incomoda.
      Comecei tarde a gostar mesmo muito (em Paris, por sinal) e a defender a Joana. Se calhar gosto mais de outros tipos de obras, mas a capacidade que ela tem de incomodar tanta gente, de gerar tantos equívocos, exerce em mim um enormíssimo fascínio (por exemplo os equívocos políticos, aparecendo associada ao actual PSD quando tinha sido o PS que há 4 anos começara a construir a representação em Veneza e o mesmo Barreto Xavier, agora SEC então DG, a tinha afastado – mas se calhar o Viegas que a escolheu já passou a ser um gajo porreiro, bastou um palavrão). Apetecia acabar também com um palavrão mas não sigo o mau exemplo. E peço desculpa pela extensão. Mas é o fim. Cordialmente.

    • Rui Matoso diz:

      Só uma pergunta caro Vitor Pomar : considera legítima e ética a possibilidade de o Estado( governo) agir como curador? Escolhendo directamente artistas (e obras) para feiras e outros eventos de arte…

    • Luis Gomes diz:

      Sr. Alexandre Pomar, parabéns por esta resposta, finalmente alguém coerente e de pensamento livre, porque aqui só vale é bater na Joana

  15. […] escrevia sobre o cacilheiro de Veneza, ocorreu-me que alguém ainda diria que aquilo na verdade era uma crítica do poder, das […]

  16. Nunca me ri tanto com um texto de crítica de arte. Excelente, Mário!

  17. […] um sucesso! Um sucesso! Só para terem um termo de comparação, um dos últimos textos que escrevi sobre o cacilheiro teve 5319 visitas só nos três primeiros dias (e foi a meio da […]

  18. em primeiro plano uma photo da âncora

  19. Pedro P diz:

    A mim este texto só me parece inveja. Nem todas as obras da artista têm de ser brilhantes e esta não o será mas já fez obras brilhantes e se parecem óbvias não quer dizer que deixem de ser brilhantes, aliás assim o é muitas vezes. Andy Warhol pintou uma lata de sopa de tomate, fácil de fazer e óbvio porque voltou à mesma temática vezes sem conta, e daí? Se é assim tão fácil, tentem fazer obras óbvias a ver se têm o mesmo reconhecimento do público que ela teve, fica aqui o desafio.

  20. […] E é esta a arte que merecemos. E para quem ainda tenha alguma dúvida do carácter ideológico, emp… […]

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